Conheça a história de Julius Robert Oppenheimer, o físico americano que dirigiu o Laboratório Nacional de Los Alamos durante o Projeto Manhattan.
No dia 20 de Julho de 2023, estreia Oppenheimer do Diretor Christopher Nolan, que contará a história da criação da primeira bomba atômica, tal qual o físico fez parte.
Quem foi Oppenheimer?
Julius Robert Oppenheimer nasceu em Nova York em 22 de abril de 1904. Filho de um imigrante alemão bem sucedido que trabalhava na indústria têxtil e uma pintora de origem norte-americana.
Posteriormente, estudou na Universidade de Harvard e na Universidade de Cambridge, onde recebeu seu doutorado em física em 1927.
Após a faculdade, Oppenheimer trabalhou como físico teórico na Universidade de Califórnia, Berkeley.
Em 1942, O governo dos EUA recruta Oppenheimer para dirigir o Projeto Manhattan. Este projeto era um esforço secreto para desenvolver armas nucleares antes da Alemanha nazista.
Oppenheimer montou uma equipe de cientistas e engenheiros brilhantes em Los Alamos, Novo México. Assim, eles foram capazes de desenvolver a primeira bomba atômica em menos de três anos.
Contudo, o físico advertiu contra os perigos das armas nucleares e tornou-se um ativista antinuclear.
Atualmente, a figura do cientista é complexa, tornou-se admirada e insultada.
Teste da bomba no Novo México
Logo que a equipe de Oppenheimer conseguiu construir a bomba, ela precisava ser testada. Nomeada de Trinity, os cientistas testaram o explosivo no Novo México em 16 de julho de 1945.
O teste obteve sucesso e marcou o início da era atômica. Com uma potência de 20 quilotons de TNT, a equipe detonou o artefato em uma torre de aço a cerca de 100 milhas de Albuquerque.
A explosão criou um cogumelo de fumaça e detritos. Nesse meio tempo, os compostos subiram cerca de 20 milhas no céu e foram vistos por pessoas a centenas de milhas de distância.
No entanto, a explosão liberou uma grande quantidade de radiação, que contaminou a área ao redor do local de teste.
Além disso, a detonação de Trinity foi um momento decisivo na história do mundo, pois levou ao desenvolvimento de armas nucleares mais poderosas.
A partir deste momento, os EUA utilizaram as novas armas nucleares desenvolvidas na Segunda Guerra Mundial contra o Japão.
Oppenheimer ficou horrorizado com a destruição e mais tarde disse: “Eu vi o nascimento do demônio”.
Ciência e suas consequências
Por conta da segunda guerra mundial, a tecnologia teve um avanço incrível em vários aspectos e esta história exemplifica o fato.
Por outro lado, conforme descrito anteriormente, durante os trabalhos do projeto nuclear a equipe de cientistas sofreu algumas consequências.
Os cientistas foram expostos a radiação e muitos desenvolveram doenças como o câncer. Além disso, o fato de desenvolver uma arma tão poderosa capaz de exterminar milhares de pessoas, não contribuiu para a saúde mental.
Oppenheimer descreve a sensação de testemunhar o teste da primeira bomba nuclear e é nítido sua angustia e tristeza enquanto relata o momento histórico.
No projeto, os cientistas tiveram que superar a falta de recursos, a pressão do tempo e o risco de serem capturados pelos nazistas.
O que aconteceu depois?
Com o sucesso do projeto, iniciava-se uma nova era, a era da guerra nuclear. Logo, a tecnologia colaborou com o fim da segunda guerra mundial.
Três semanas depois dos testes no Novo México, os americanos lançaram duas novas armas sobre as cidades Hiroshima e Nagasaki no Japão.
O ataque resultou na morte direta de mais de 140 mil pessoas, além do estrago causado pela radiação. Como resultado, obrigou o Japão a assinar uma rendição, assim finalizando os últimos momentos da guerra.
Já o físico Julius Robert Oppenheimer tornou-se presidente do influente Comitê Consultivo Geral da recém-criada Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos (CEA).
Ele fez lobby pelo controle internacional da energia nuclear, para evitar a proliferação nuclear e uma corrida armamentista atômica com a União Soviética.
Oppenheimer morreu em 18 de fevereiro de 1967, aos 62 anos, devido a complicações de um câncer na garganta.
Em síntese, o Projeto Manhattan é um lembrete dos perigos da ciência e do poder do conhecimento. É também um lembrete da importância da paz e da diplomacia.